O banco de investimentos BTG Pactual, auto-intitulado o maior do nosso continente, anunciou o lançamento do token ReitBX com lastro em imóveis no Brasil, envolvidos com problemas de inadimplência. Abaixo compartilho o link do site do projeto, que foi tema de matéria na Bloomberg em inglês e traduzida pelo UOL Economia: BTG vai lançar criptoativo com lastro em imóveis inadimplentes. A oferta será um Security Token Offering (STO), modelo que compartilhei aqui dias atrás - Kria e Basement lançam primeiro STO do Brasil - e restrito aos investidores globais, excluindo por enquanto o Brasil e os EUA.
Pelo que entendi as transações serão feitas em uma plataforma em blockchain, transparente e imutável, disponibilizada pela empresa. Para a compra de ReitBZ serão aceitas ETH e GUSD (Gemini Dollar), a primeira dá uma pista que o token usa o blockchain do Ethereum e a segunda é uma criptomoeda estável cujo preço é pareado com o dólar.
O BTG teve como presidente o famoso banqueiro Andre Esteves, em 2015 ele foi preso na Lava-Jato e surpreendeu os admiradores de seu estilo agressivo e de resultados. Inclusive o blogueiro e escritor Raiam dos Santos postou - Uma geração decepcionada: até você André Esteves?- lembrando que seu até então ídolo era filho de uma professora da Tijuca que entrou como "faxineiro" do banco e virou CEO, acumulando bilhões ao patrimônio pessoal. Julgado inocente ano passado, segundo o Jornal Valor (Esteves concentra poder no BTG Pactual) parece que está voltando a comandar a empresa, do qual precisou ser afastado. E pelo jeito vai investir nas criptomoedas.
Acredito que este lançamento ousado vai chamar a atenção de outros bancos brasileiros e também empresas do setor imobiliário para a tecnologia blockchain e seus ativos digitais. Se o ReitBX for bem sucedido, esse mercado entra em outro nível e pode passar a ser visto como coisa de gente grande.
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