Interseccionalistas defendem essa tese de que a pessoa é imoral de alguma forma se sentir atração física por uma pessoa e essa atração não satisfazer uma penca de redefinições de conceitos. Agora nem mesmo gays e lésbicas se salvam, sendo constantemente acusados de transfobia por não gostar de intimidade com pessoas que se identificam com gênero diferente do sexo biológico.

Tudo é transfobia. Principalmente lésbicas por alegarem não se sentir atraídas por homens biológicos que se identificam como mulheres. Pelas novas definições de lesbianismo, uma lésbica seria uma pessoa "não-homem" atraída por outra pessoa "não-homem". Por conta disso se um homem biológico flertar com uma mulher lésbica e ela não se sentir interessada, ela que será a pessoa errada, pois estará negando sexo a uma pessoa que se identifica como mulher ao mesmo tempo em que se identifica como lésbica.

Há poucos anos havia um forte discurso focado em consentimento e criticando uma tal Cultura do Estupro no ocidente, apesar de eu nunca ter visto prova de que estupradores sejam venerados em países ocidentais. Entre as alegações dessas militância estava uma maior abrangência do que se caracterizaria como ausência de consentimento, chegando ao ponto de alguns militantes defenderem que até mesmo o arrependimento semanas após o sexo poderia ser considerado estupro retroativo, e que o homem seria considerado estuprador apenas porque a mulher se arrependeu semanas depois.

Mas agora existem conceitos como o estupro reverso_{(Ex: homem atraente negar sexo a uma mulher feia)} em que a pessoa pode ser pressionada a ter relações com quem não sente atração porque negar sexo seria considerada uma forma de agressão.

Evoluindo esse conceito um pouco mais temos a ideia de que negar sexo a uma pessoa trans seria uma agressão transfóbica de alguma forma, pois heterossexuais precisam fornecer sexo para todas as pessoas que se identificam com o gênero oposto independente da genitália, assim como homossexuais precisam fornecer sexo para todas as pessoas que se identificam com o mesmo gênero. Se um homem biológico heterossexual não se sentir atraído por uma mulher trans, ele não poderia mais se identificar como heterossexual, da mesma forma como uma mulher lésbica que não se sentisse atraída por um homem biológico que se identifica como mulher não poderia mais se considerar lésbica.

Em alguns casos chegaram a definir lesbianismo como "pessoa de gênero oprimido atraída por pessoa de outro gênero oprimido" como forma de pressionar mulheres lésbicas a fornecer sexo para homens biológicos apenas por estes se considerarem "não-binarie".

Essa transição cultural de oposição à tal Cultura do Estupro, que iniciou como uma indignação coletiva contra crimes sexuais que acabou evoluindo para uma caça-às-bruxas motivada por estatísticas exageradas e infladas somadas ao medo de se tornar alvo de acusações e linchamento se alguém apelasse por mais sensatez.

De alguma forma a caça-às-bruxas contra "estupradores em toda a parte" transicionou para uma cultura de pessoas mimadas, que nunca foram acostumadas a ter algo negado a elas. Isso fez com que ao crescer desenvolvessem uma mentalidade de que todos os seus desejos devem ser satisfeitos e quando não o são, é porque o mundo está sendo errado e a pessoa certa ao fazer suas exigências, vide a ideia de que as outras pessoas devem satisfazer esses militantes sexualmente independente de sua atração pessoal para não serem considerados transfóbicos.

Podem inventar todo o tipo de malabarismo semântico para justificar por que uma pessoa que não tem interesse em dormir com um desses militantes possui uma dívida de sexo para com ela, mas no final tudo se resume ao militante acreditar que as outras pessoas são obrigadas a satisfazer suas vontades, do contrário essas pessoas são monstros ou criminosas.