A pele do mar. Minha participação na semana 16 do HiveBR Photo Contest

Assim que vi a chamada para inscrições, pensei: que desafio! Fotografar algo que é pouco visível por si só.
Quando fotografamos a água, fotografamos a luz, um reflexo, um objeto submerso? Ou a lua, ou o sol.... Essa é a magia da água.
Devo confessar que tirei muitas fotos sem sucesso. Não sei quantas vezes tentei com um vaso com belas raízes de malanga. Mas, às vezes, a beleza do modelo não é suficiente, é preciso saber como olhar. E assim os dias foram passando.

De repente, comecei a pensar que talvez eu estivesse tentando fazer algo que não era possível para mim, e muito menos com os meios de que dispunha. Talvez eu estivesse levando a instrução do chamado muito literalmente.
Então pensei que, é claro, já fotografei água e o fiz de várias maneiras, porque moro em uma cidade costeira e uma das coisas mais bonitas que existem para fotografar é o pôr do sol na praia.
Foi assim que cheguei a algo que sempre soube: a textura da água, a pele do mar é algo que vale a pena mostrar.
Na minha pequena cidade, Cumaná, às margens do Mar do Caribe, a água do mar é um ser vivo e extraordinário. Espero que você ame sua pele tanto quanto eu.

Como você sabe, aproveito as postagens em português para fazer minha lição de casa. A palavra de hoje é pele.

pele

do latim pelle-, couro, tenda de soldado (coberta de peles), pergaminho, envoltório, o exterior, condição. Em 953: “pelles anniniais”, Diplomata et Chartae. Num texto de 1269: “… Todos aqueles ou aquelas que am de uender çapatos. E panos. E peles. E mantas. e feltros.” Chancelaria de D. Afonso III

Como você pode ver, é uma palavra que vem do latim e tem uma forma muito parecida com a da palavra em português. Em espanhol é um pouco diferente, piel, mas tem a mesma origem e o mesmo significado.
Bem, a pele é o couro de um animal, mas sua propriedade também dá posição.
Para mim, a pele do mar é um tesouro que alegra meu coração.