O caminho para conquistar liberdade, flexibilidade e uma boa remuneração trabalhando como redator é um pouco mais complexo do que dizem por aí. Não sei há quanto tempo você teve essa ideia de trabalhar escrevendo para a internet, mas logo logo vai perceber que ganhar uns trocados produzindo texto é fácil. Difícil é conseguir viver disso!
Na tentativa de ajudar outros redatores, vejo muita gente bem-intencionada lançando uns conselhos por aí. Porém, infelizmente, alguns deles, mais atrapalham do que ajudam!
No post de hoje queria compartilhar quais são os conselhos que você não deveria ouvir sendo um redator e porque eles podem prejudicar sua carreira! Pega lá o seu cafezinho e aproveite a leitura que o post é longo! ;)
Tenha um portfólio com conteúdos variados
A lógica por trás desse conselho é uma só: quanto mais conteúdos diferentes você tiver no seu portfólio, maior a sua capacidade de prospectar diferentes clientes, certo? Bom, na prática, não é bem assim que funciona…
Você não precisa ter milhares de conteúdos no seu portfólio e eu também não recomendo que você tenha conteúdos de assuntos variados nele. Na verdade, o que eu acredito que faz um bom portfólio é uma coisa só: coerência.
Quando o cliente bate o olho no seu material ele precisa saber exatamente o que você faz, como você faz e qual o seu valor. E, para isso acontecer, o material que você coloca lá tem que ser coerente com a sua história/conhecimento/experiência profissional.
Se o seu portfólio tem milhares de conteúdos sobre diversas áreas, bom, primeiramente saiba que nenhum cliente vai ler tudo o que você fez (frustrante, mas real!).
Além disso, com um portfólio organizado dessa forma, tudo o que você mostra ao seu cliente é que você escreve. Mas, isso qualquer redator faz, não é mesmo? E se você faz o que todo mundo faz, qual é a vantagem entre te contratar e contratar o redator que cobra mais barato do que você, não é mesmo? E é aí que você pode perder clientes, mesmo escrevendo super bem e sendo um excelente profissional.
Seu portfólio precisa mostrar que você domina um determinado tema, conhece um determinado mercado e sabe como produzir conteúdos relevantes para a audiência do seu cliente.
E, como fazer isso?
Colocando no seu portfólio as suas melhores peças de conteúdo que tratam sobre um determinado nicho.
Quando seu portfólio reflete que você tem conhecimento e experiência sobre um determinado mercado/nicho, a sua contratação já é mais interessante para o cliente. Isso porque a sua experiência e o seu conhecimento mostram que você é capacitado para produzir conteúdo de qualidade, que é justamente o que ele necessita!
Use seu site como portfólio
Eu sei, muitos redatores sugerem que você use o seu site como portfólio. Porém, fazendo isso você está desperdiçando uma ótima oportunidade de ser encontrado por clientes. Triste, não é? Calma que eu já te explico o porquê.
Plataformas como o Wix, Wordpress, Blogger e outras, possuem códigos de programação específicos para que sejam indexadas nos mecanismos de busca. São as chamadas “canonical tags”.
Quando os robôs (bots) responsáveis pela manutenção dos algoritmos leem esse código e encontram conteúdos no seu site que já foram publicados em outros, eles penalizam o seu site por conter conteúdo duplicado e jogam ele para posições mais baixas.
Como alguém que é redator e conhece SEO, você já deve imaginar que ter um site na página 1000 do Google não é uma boa coisa para que as pessoas te achem, não é mesmo? Logo, usar um site como portfólio não é a melhor ideia.
Ok. Mas, o que fazer então?
Bom, se você quer usar o seu site como portfólio, assuma que ele será somente o seu portfólio. E ponto. O que eu penso sobre isso? Bom, se você pode usar seu site para atrair clientes, porque usar ele como portfólio quando já existem plataformas específicas e gratuitas para isso?
Minha opinião é que você deixe seu portfólio em plataformas como o Contently, Journo ou mesmo no Google Drive e use o seu site para publicar conteúdos relevantes para seus clientes e assim atraí-los.
Busque clientes em plataformas para freelancers
Quase todos os dias eu me deparo com posts na internet com conselhos sobre “como encontrar clientes sendo um redator”. Na maioria deles, está escrito lá no post “se inscreva em uma plataforma de freelancers”. Bom, primeiramente, vamos deixar claro uma coisa? Quando você trabalha para plataformas de freelancers, o cliente não é seu e sim da plataforma. Logo, quando você escreve para plataformas, você está trabalhando para jobs específicos e não conquistando nenhum cliente.
Por mais que você possa fazer um acordo “por fora” com o cliente da plataforma e “roubá-lo” para você, isso não é nenhum pouco recomendado. Primeiro porque você pode ser convidado a se retirar da plataforma e perder outros jobs que tem por lá e, segundo que, sua postura e a sua ética ficam bastante prejudicadas, não é não?
Se você quer conquistar clientes você precisa definir seu nicho de atuação, estudar as demandas existentes para ele e, então, focar em ações de prospecção. E isso não tem nada a ver com trabalhar para plataformas...
Cobre 0,10 centavos por palavra
Outra dúvida muito comum de redatores é: “mas, quanto eu cobro para fazer um post, um ebook, um social post... ” e por aí vai. Quando vejo esse tipo de dúvida nas redes sociais, não tarda para aparecer outros redatores falando quanto eles cobram ou quanto um redator iniciante, sênior, ou sei lá eu o quê, deveria cobrar. Já te adianto aqui que é coisa do tipo 0,10 centavos por palavra…
Tá! Mas porque você não deveria ouvir esse tipo de conselho? Bom, primeiro porque você é um profissional autônomo e como tal uma das principais vantagens na sua escolha é justamente colocar o valor que você quiser no seu serviço.
Hoje o mercado da redação online não é regulamentado. Isso significa que pesquisando valores, você vai encontrar profissionais cobrando os mais diversos preços.
Para precificar corretamente seus serviços, o que você precisa saber é: (i) quanto você quer ganhar, (ii) quanto seus serviços custam, (iii) como você vai formalizar seu negócio.
Respondendo essas questões você já tem os parâmetros que precisa para encontrar seu valor. Quando você cobra a menos do que você gostaria, ou só porque o mercado ou o fulaninho cobra isso, as chances de você se tornar um profissional frustrado são imensas. E de gente frustrada, o mundo não precisa mais.
Seja um especialista em SEO
Responda rápido! Qual é a semelhança entre a fórmula da Coca-cola, os unicórnios e os algoritmos do Google? Ninguém conhece! Ninguém sabe exatamente o que eles são. Logo, se não existem especialistas em fórmula da Coca-cola, nem em unicórnios, como a gente pode dizer que alguém é especialista em SEO? Eu nunca entendi isso, continuarei sem entender…
Em termos de SEO, o que existe hoje são ferramentas de big data que analisam de forma constante os algoritmos. Com base nisso, essas ferramentas criam uma série de boas práticas, ou diretrizes, para que o seu conteúdo possa ser melhor ranqueado.
Hoje as ferramentas mais acessíveis para redatores são plugins do Wordpress, mais especificamente falando o Yoast e o SEOPress. Ambas são ferramentas criadas para o idioma em inglês, por isso elas contêm algumas falhas quando são usadas para o português. Mas, mesmo assim, elas são as melhores ferramentas que existem.
Por favor, não se intitule um especialista em algo porque você usa uma ferramenta. No fundo, no fundo, por mais que essas ferramentas atendam os algoritmos, elas não são perfeitas. Os algoritmos mudam o tempo todo e a todo momento essas ferramentas (e os “especialistas” de plantão) precisam ser atualizadas.
Se disfarce de agência para conquistar mais clientes
Esse é outro tipo de conselho que eu vejo por aí e simplesmente desacredito. Então, quer dizer que você se disfarça de agência (ou “eugência”, como dizem por aí), e chove clientes?
Ai gente, se fosse fácil assim, né?
Mas, infelizmente, não é… Todo cliente que te procura quer saber como você resolve o problema dele e qual o valor que você entrega. Se você é agência ou um freelancer, a verdade é que isso pouco importa. Hoje, o que não falta no mercado são agências e redatores que trabalham com “produção de conteúdo”. No entanto, faltam profissionais especializados em diversos nichos que sejam capazes de entregar conteúdo de verdade, sem aquele conteúdo raso, que, na prática a gente traduz como “escrever com outras palavras o post que está na primeira posição do Google”.
Hoje meu conselho para quem quer se destacar no mercado é investir na sua marca pessoal e apostar em um nicho o qual você tenha conhecimento e afinidade para escrever.
Dizem que “se conselho fosse bom, a gente vendia e não dava”. Mas não acho que é por aí, não. Eu mesma aprendi muito através de conselhos e acho que eles podem trazer boas reflexões para a gente melhorar tanto profissionalmente quanto pessoalmente! Então, espero que esses conselhos sobre “não conselhos” te ajudem! E fique a vontade para não concordar. Vivemos em um mundo livre e você é quem escolhe os caminhos que quer dar para a sua carreira como redator! 😀
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