Responda rápido… Como redator, você é um ativo ou uma commodity? Ou, caso você não esteja familiarizado com esses termos da economia, você troca texto por dinheiro ou tem seus próprios clientes e eles reconhecem o valor do conteúdo que você entrega?
Não sei se algum dia você já se fez essas perguntas. Mas, se nunca fez, acho que vale a pena a reflexão, ainda mais se você pretende viver da própria escrita sendo um redator.
Ter seus próprios clientes e fazer com que eles entendam o valor do seu trabalho não significa apenas satisfação pessoal e profissional. Isso tem a ver com projetos recorrentes, uma carreira mais estável e mais dim dim na sua conta!
Essas duas perguntas, que eu comecei esse post te fazendo, eu também me fiz lá em 2017 e elas mudaram completamente o rumo da minha carreira. Acredito que, de certa forma, elas também podem fazer a diferença na sua…Então, pega o seu café e vamos conversar!
A uberização dos redatores e o mercado de conteúdo digital
Seth Godin é um dos caras que mais admiro no marketing digital. Para mim, ele é mesmo um mestre! Em meados de 2017, eu comprei um curso dele para freelancers em uma promoção da Udemy e foi um dos melhores cursos online que já fiz na vida!
Em uma das aulas, Seth explica que a maioria dos freelancers hoje não consegue se diferenciar e ser remunerado devidamente porque está inserido dentro da própria engrenagem do mercado. Em outras palavras, a maioria faz o que todo mundo faz e não sabe qual é o seu valor para o cliente. Por isso, boa parte fica à mercê da lei da oferta e da procura, além de concorrer pelo preço mais baixo.
Hoje, essa realidade do mercado freela tão característica, é também o principal combustível para as plataformas digitais e marketplaces de serviços digitais. Afinal, elas sempre ganham com o seu trabalho e se é você quem está lá entregando um blogpost, ou o Zé das Couves, isso pouco importa.
A comoditização de serviços é uma tendência da era digital. Vide o famoso aplicativo Uber, que transformou os serviços de transporte privado em uma commodity e, com a produção de conteúdo, isso também não foi diferente.
Eu estou falando de commodity desde o primeiro parágrafo, mas não expliquei o conceito aqui. Então, para você não ficar confuso, ou ter que dar um Google, deixo a definição dada pelo Wikipédia, que vai te fazer entender melhor:
“Commodity ou, em português, comódite, corresponde a produtos de qualidade e características uniformes, que não são diferenciados de acordo com quem os produziu ou de sua origem, sendo seu preço uniformemente determinado pela oferta e procura internacional.”
Quando falamos em comoditização de serviços de transporte privado ou de produção de conteúdo, estamos dizendo a mesma coisa. E, da mesma forma que não faz diferença quem é o motorista do seu Uber, o cliente das plataformas também não se importa quem é que fez o blog post dele.
Eu sei, essa realidade é bastante cruel. Ainda mais quando você sabe quão trabalhoso é escrever um bom conteúdo. Ainda mais quando você sabe que você escreve super bem. Ainda mais quando você acredita na conexão e no poder das palavras… Mas, infelizmente, no atual cenário do mercado de conteúdo digital, para muitos clientes, texto por dinheiro é um ótimo negócio. E você, redator, que lute...
Porém, não escrevi esse post para você se revoltar contra as plataformas ou contra o sistema. Para ser sincera, as plataformas podem até ser uma boa fonte de aprendizado e um bom teste para você saber se quer ou não ser um redator profissional. Escrevi esse post para ajudar você a se desenvolver na sua carreira. E, para isso, você precisa entender mais um ponto: qual é o valor do conteúdo?
O valor intangível do conteúdo
Se você quer ser reconhecido pelo seu cliente, quer cobrar mais pelos seus serviços e quer se diferenciar no mercado, você precisa entender qual é o valor do conteúdo que você oferece. Afinal, o cliente não compra texto, ele compra o valor que o conteúdo representa para o negócio dele. E isso pode ser traduzido de diversas formas como: visibilidade, conversões, vendas, autoridade, etc. Se você não apresenta uma boa proposta de valor para um cliente, ele simplesmente vai buscar outro redator no mercado. Simples assim!
O problema é que o valor do conteúdo é subjetivo, não é tangível e, para piorar, o conteúdo não gera efeitos imediatos. Portanto, não é porque o seu cliente publicou um post escrito por você, que os resultados que ele gostaria acontecem automaticamente. Sim, algumas vezes, um simples blog post pode trazer vendas ou autoridade imediatas, mas isso é exceção e não a regra.
Como o valor do conteúdo não vai ser percebido pelo cliente na entrega, ele precisa ser entendido de outras maneiras. E é aí, que você precisa se posicionar no mercado e criar recursos para mostrar seu valor desde o primeiro contato com um cliente.
Como deixar de ser um redator Uber?
Bom, até aqui falamos sobre como funciona o mercado de conteúdo digital, o que é ser um redator Uber e conversamos um pouco sobre o valor do conteúdo. Agora queria explicar um pouco mais sobre como se posicionar e sair dessa engrenagem, para começar a construir uma carreira que vai te trazer mais reconhecimento, liberdade e grana no final do mês.
Invista no seu próprio site
Seu site é o seu endereço na internet e também o seu cartão de visitas. É lá que os clientes te acham e podem ter uma primeira impressão sobre você. Um site tem um papel importantíssimo no posicionamento e na prospecção de clientes, afinal, com um bom SEO e conteúdos relevantes para o seu nicho, é só esperar os clientes baterem na porta.
Seja um especialista
A maioria dos redatores acredita que o seu diferencial no mercado é escrever bem. Porém, isso é algo subjetivo, afinal, cada pessoa que lê um artigo ou um post, tem uma percepção sobre ele. Escrever bem, sendo um redator, é o básico e não um diferencial. Por isso, não é dessa maneira que você vai tornar seus serviços mais atrativos para seus clientes.
Como sempre explico para meus alunos de mentoria, o cliente não compra texto, ele compra conteúdo. E, a única forma de você vender conteúdo é entendendo muito sobre o tema que você escreve. Escolher seu nicho e se posicionar como um especialista é o que te diferencia de milhões de redatores e até agências de marketing de conteúdo. É isso o que torna a sua contratação irresistível quando comparada a de outros redatores.
Aposte na sua marca pessoal
Existem coisas que só você faz e existe uma história que é só sua. Pode parecer bobagem, mas a sua história e a forma de explicar os seus serviços são únicos e podem ser uma ótima maneira de conectar você com os seus clientes. Descobrir isso que você tem de único, pode parecer algo nebuloso, mas é identificando esses elementos na sua história e na maneira como você presta serviços que você se torna uma marca e se destaca no mercado.
Escolha seus clientes
A agência não é cliente. Plataforma de conteúdo não é cliente. Redator que te contrata para escrever não é cliente. Resumindo tudo: intermediários não são clientes! Simples assim.
Na cadeia de produção de conteúdo, esses players chegam a reter entre 50% a 80% do valor do conteúdo entregue. Isso significa, portanto, que você recebe menos. Sim, eles podem poupar o trabalho do redator de fazer o atendimento, por exemplo, mas quando o redator assume essa tarefa seu faturamento pode quintuplicar!
Se você quer deixar de ser um redator Uber, precisa conquistar seus próprios clientes. Não tem outra forma…
Invista no relacionamento com clientes
A forma como você atende o seu cliente, a maneira como você explica os seus serviços, o jeito como você alinha a contratação. Tudo isso cativa e faz com que o cliente volte. Um bom relacionamento com o cliente é a base da fidelização em qualquer negócio. No universo do conteúdo digital, isso não é diferente.
Ter um bom relacionamento, no entanto, não significa ser amigo. Significa cumprir o que promete, seja em termos de entrega ou de prazos. E isso precisa ser bem alinhado.
Aposte no sucesso do cliente
Gerar conteúdo é muito mais do que fazer texto. Você acaba sendo, muitas vezes, a voz da empresa na internet. Para deixar de ser um mero produtor de conteúdo e passar a ser profissional de valor, você precisa entender seu cliente, o que ele precisa e trabalhar para o sucesso dele. No dia a dia do redator, isso pode ser feito de diferentes maneiras, como monitorando o tráfego, comentários e pedindo feedback do cliente. Quando ele vê que você se preocupa não apenas em entregar um bom conteúdo, mas também com os resultados que ele produz, você tem muito mais valor e pode se tornar um profissional insubstituível.
Reconheça o seu valor
Hoje a maioria dos redatores não sabe como precificar seus serviços e perde tempo (e energia) checando a concorrência. Mais do que saber quanto um redator X cobra por um posts de 1000 palavras, pergunte-se quanto você quer ganhar, quanto o seu cliente quer pagar e o que você pode fazer para tornar seus serviços mais atrativos.
De nada adianta você seguir todas as dicas acima, se você mesmo não sabe o valor do seu trabalho, nem acredita nele. Se você sofre de síndrome do impostor, é importante identificar isso e começar a mudar.
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