SourceThere was an island. This island became famous for remunerating its employees (or were users?) with reward, like gems and gold as they produced legitimate content for an epic theater that was presented once a week, it was the only theater in the world that had as its only audience five whales, each whale was brought in its own water tank by huge reinforced helicopters. The whales loved the shows, plays, dramas, tragedies and comedies that took place on that huge stage made just for them. The island workers struggled throughout the week to give their best material, they extracted the wildest possible ideas from their neurons and formed a content that might or might not please the whales. Each piece was analyzed and absorbed by this huge mammals, which sometimes spit small crumbs onto the stage (pearls from some oysters they ate during their walks in the warm seas around that island.
The stage workers went wild to pick up the pearls, lost their way, gathered what they could on their knees, gold coins found in sunken ships, glittering stones from an earring some lady threw overboard on a day of fury and pain in her relationship. Any crumb already excited users (workers). When one of the pieces/performances was victorious, the person received an entire chest of gold and diamonds. Some people philosophized about how natural that impulse of creation is given that it is based on the obsession with profit, others treated it as a stimulus, some repressed the idea that those treasures should be used, after all, he is from the sea and not of the user who won, he can only keep the treasure at home, but then it's best to throw it overboard again. There was an everlasting discussion about the whale theater. What was known is that as long as those whales were there asking for a show, there would always be someone to do them, after all, who would complain about writing and entertaining an animal as dear and mystical as a whale? Some were indifferent, there were whales that didn't go to the show, they ignored the existence of the theater, there were whales that were the center of attention, there were violent whales that made drama and mockery, there were snobby and stupid whales. After all, no one is perfect, not even the dear whales.
The theater on the island of whales is still there, producing entertainment of varying qualities, it is sometimes difficult to understand why some plays that are so weak and stupid get so much more crumbs than others that are creative and detailed. Some rumors say that there are agreements between different levels of whales, and that there are some sharks, dolphins and octopuses that are part of the math behind the decisions of large mammals, and that all small workers can do is continue their dedicated service, because, any day could be the day to get a treasure chest.
This is my entry for @calumam's POB Word of the Week. Hope you enjoyed the story :)
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Havia uma ilha. Essa ilha tornou-se famosa por remunerar seus funcionários (ou seriam usuários?) com pedras preciosas conforme eles produzissem conteúdos legítimos para um épico teatro que era apresentado uma vez por semana, era o único teatro do mundo que tinha como seu único público cinco baleias, cada uma era trazida em seu próprio tanque de água através de imensos helicópteros reforçados. As baleias adoravam os shows, peças, dramas, tragédias e comédias que aconteciam naquele imenso palco feito só para elas. Os trabalhadores da ilha esforçavam-se durante toda a semana para dar seu melhor material, extraíam de seus neurônios as ideias mais mirabolantes possíveis e formavam um conteúdo que poderia ou não agradar as baleias.
Cada peça era analisada e absorvida pelos imensos mamíferos, que as vezes cuspiam pequenas migalhas no palco (pérolas de algumas ostras que comiam durante seus passeios nos mares quentes dos arredores daquela ilha. Os trabalhadores do palco ficavam loucos para pegar as pérolas, perdiam seu próprio rumo, juntavam de joelho o que pudessem, moedas de ouro encontradas em navios afundados, pedras brilhantes de um brinco que alguma dama jogou ao mar num dia de fúria e dor em seu relacionamento. Qualquer migalha já animava os usuários (trabalhadores). Quando uma das peças/apresentações era vitoriosa, a pessoa recebia um baú inteiro de ouro e diamantes. Alguns filosofavam sobre quão natural é aquele impulso de criação dado que baseia-se na obsessão pelo lucro, outros tratavam como estímulo, alguns reprimiam a ideia de aqueles tesouros deveriam ser usados, afinal, ele é do mar e não do usuário que ganhou, ele apenas pode ficar com o tesouro em casa, mas depois o melhor é jogar ao mar novamente. Havia uma eterna discussão sobre o teatro das baleias. O que se sabia é que, enquanto aquelas baleias estivessem ali pedindo um show, sempre haveria alguém para faze-los, afinal, quem é que reclamaria de escrever e entreter um animal tão querido e místico como uma baleia? Algumas eram indiferentes, havia baleias que não iam ao show, ignoravam a existência do teatro, havia baleias que era o centro das atenções, haviam baleias violentas, que faziam drama e escárnio, haviam baleias esnobes e estúpidas, afinal, ninguém é perfeito, nem mesmo as queridas baleias.
O teatro na ilha das baleias ainda está lá, produzindo entretenimento de qualidades variadas, as vezes é difícil entender por que algumas peças tão fracas e estúpidas ganham muito mais migalhas que outras que são criativas e detalhadas. Alguns rumores dizem que existem acordos entre os diferentes níveis de baleias, e que existem alguns tubarões, golfinhos e polvos que fazem parte da matemática por trás das decisões dos grandes mamíferos, e que tudo que os pequenos trabalhadores podem fazer é continuar seu serviço dedicado, afinal de contas, vai que hoje é dia de ganhar um baú de tesouros?
Essa é minha entrada para o POB Word of the Week do @calumam. Espero que tenham gostado do conto :)