Então, eu sou aquela doida idealista que acha que pode mudar o mundo. Eu preciso acreditar que eu posso mudar tudo aquilo que não concordo. Gosto de trabalhar na área social porque não concordo que a estratificação social deva ser fixa, embora eu acredite que ela nunca deixará de existir. Mobilidade social é essencial numa sociedade livre, embora eu tenha ciência de que não somos totalmente livres.
Mas ao contrário de outros idealistas como eu, não acredito tanto assim naquela coisa de "mais direitos sociais", "mais serviços públicos de qualidade". Acho que o mercado e a sociedade civil têm tanta importância na mudanças sociais quanto qualquer governo e suas políticas públicas. Já li Marx e Mises e tenho pontos de concordância e discordância com os dois. Não discuto política na internet, só coloquei isso aqui porque quando falamos de questões sociais (minha paixão) as pessoas tendem a achar que você é necessariamente da ala do #lulalivre. Eu não sou. Mas o radical oposto também não me atrai.
Eu não sou totalmente contra impostos, mas me indigna que justamente os mais pobres carreguem o Estado nas costas, e que sejam a parcela da população mais regulada economicamente falando.
E por fim, não sou muito adepta da cultura maculelê regionalista e nem de feminismos modernos. Gosto de tecnologia, globalização e respeito o feminismo clássico (como não amar Ada Lovelace, primeira programadora da história? <3). Nada contra a sororidade das manas (acho bastante digno inclusive), mas pessoalmente prefiro a zoeira dazamigas gamers.
Essa sou eu na fila do pão. A que deixa todos os prioritários passarem na frente e tenta acalmar os ânimos dos que estão atrás. E quando pode dá uma zoadinha básica com as amigas.