6:30am, acordei, olhei a previsão do tempo, troquei de roupa, levei o rosto, escovei o dente, desci as escadas, peguei meu almoço na geladeira. Antes de sair coloquei meu cachecol, o guarda chuva. Fechei a porta e caminhei até a estação de ônibus.
Lá fora eu vi que já entregavam o jornal de hoje. Ainda era 6:50, fiquei imaginando a que horas o entregador de jornal havia acordado. Cheguei no ponto de ônibus que já estava lotado de gente. 6:55 o ônibus chega.
Dentro do ônibus todo mundo com a mesma aparência de cansaço. Último dia útil da semana.
Desço do ônibus dez minutos depois e vou para o metrô, entro no vagão, encontro um lugar vago e sento. Lá durmo, pelo menos até ouvir que havia chegado na minha parada. Faço minha conexão. Durmo mais 5 minutos. Saio da estação, e então sinto que meu dia começou.
Dia. Esse escuro lá fora, chuvoso, com a previsão do sol nascer às 8 e lá vai bomba. Nascer mais ou menos, lá em cima das nuvens, e olha que agora tá melhorando. Em dezembro víamos o sol nascer às 9 e se pôr as 4, isso claro, quando tinha sol.
É muito frequente sair pra trabalhar enquanto ainda escuro e voltar para a casa durante a noite já sem luz. Muita gente vai a loucura, literalmente. Haja vitamina D em cápsula.
Nunca pensei que fosse sentir tanta falta do sol. A gente só sente falta quando perde. Mas esse é a escuridão do hemisfério norte, e quanto mais norte, pior ainda.
A escuridão acaba em março, aí fica claro o tempo todo, até demais. Em julho o sol nasce as 6 e se põe as 23. Mas deixa pra eu reclamar disso em uma outra hora, por enquanto, só a escuridão.
Obrigada por ler,
Bianca.