(Seguindo "Na disposição pessimista"):
Se o coração adormece à que ser despertado.
O Sol reconhece nossa debilitação e faz o esforço de alternar o ambiente quando necessário.
Assim, onde auroras há no planeta, consciência planetária reconhecendo o esforço solar, também o humano colaborante tem as suas auroras.
Fica consciente (ou menos inconsciente) e segundo seu nível reage de acordo, colaborando e beneficiando.
“O que é solidariedade?”
(…Explicar a solidariedade...)
(Perca de tempo).
O coração escuta e sente.
“Aquilo que somos já não somos, mas sem o deixarmos de ser.”
(Confuso...)
Não nos devemos evadir de sentir e pensar, apesar de isso ser uma constante nos dias que correm.
Basta que surja algo de adverso, para nos refugiarmos nas nossas cavernas internas, nos nossos medos, desejos e frustrações.
Se não sentimos e pensamos (reflexivamente), como podemos chegar a nós mesmos, para nos podermos compreender a nós mesmos?
Passaremos a actuar somente instintivamente, sem atitude reflexiva que previna o erro ou que beneficie a aprendizagem de algo mais.
Aí há uma semelhança com a solidariedade: o ser solidário entrega-se ao equilíbrio entre o sentir e o pensar, segue a linha da lei e da ordem, da estabilidade.
Não deixa de sentir, de participar, só porque atravessa uma adversidade, nem se entrega aos aspectos negativos que parasitam o ser e a mente.
Antes é entregado em equilíbrio.
Mas mais do que isso, e aí reside a maestria, reconhece em si todos os aspectos do outro.
Sabe e escuta e vê, que ele é os outros, os outros são ele.
Não há diferença.
Aquilo que sente actuar em si, e aquilo que os outros são; e o contrário também se manifesta assim.
Assim nasce o verdadeiro Ser solidário, assim nasce também o conhecimento, a compreensão, (a aprendizagem do ser, e não a justificação "desculpativa" do demais e de si mesmo), e mais adiante a compaixão.
Mas estas são atitudes de prática e não de especulação.
Pratiquemos para aprender!
Para amar.