Tudo o que escrevo não é nada, assim que toca o papel transforma-se em objectos inanimados, uma natureza morta pintada a custo numa palete de emoções, ou a procura delas.
Há nisto uma vaga esperança que ganhe vida ao ser lido por alguém. Raramente leio o que escrevo, para natureza morta basta-me as emoções onde no escuro, à espera de uma vulgar luz que tarda, transforme um grito mudo em mil ecos sem nexo, aguardam tocar um papel vazio e esta ser a mais extraordinária de todas as natureza à espreita de um dedo que a traga de volta à vida.