
Como se não bastasse todo seu visual estarrecedor, o pinheiro ainda nos dá pinhão, um fruto intrigante, mágico e quase místico, base de alimento para inúmeras espécies, um alimento de inverno para nós, trilheiros de neblina, colhendo pinhões em meio ao mato fechado, fazendo uma fogueira para esquentar e sapecando pinhão com as próprias folhas do pinheiro, no caso, sapés, espinhos pontudos, combustível incrível para o fogão a lenha ou fogueira.
Sua madeira, uma obra da natureza, fortíssima, perfeita, com seu imenso tamanho tornou-se alvo de madeireiras em épocas de colonização, a ignorância (no sentido natural da palavra, sem ofensa) dos então moradores da região não os permitiram ver tamanho desmatamento, que quase levou a extinção dessa mata nativa tão abençoada, e hoje só nos resta 1% dos pinheiros. Ainda assim, olho para o vasto mar de copas no horizonte quando viajo pela região, ou mesmo para os densos troncos que permeiam as trilhas ao meio da floresta e me sinto grato, por viver em tão maravilhosa região.
Deixo aqui um pequeno documentário sobre essa árvore, para quem tem interesse no assunto: